Por José Eduardo Ribeiro Nascimento
A lenda de Guilherme Tell
História produzida em 1988
Roteiro e arte de Guido Scarpa
31 Páginas
Mickey Tell
História produzida em 1990
Trama de Neville Jason, roteiro de Tom Anderson e arte de Tello-Team
13 Páginas
Os noivos
História produzida em 1976
Roteiro de Edoardo Segantini e Giulio Chierchini e arte de Giulio Chierchini
73 Páginas
Na primeira HQ do volume somos apresentados a uma vila suíça do século 14, onde Donald tell vive, com os sobrinhos, da venda de relógios. Nessa época o povo era oprimido por um grupo chamado de metralhas, forçados a pagar impostos absurdos. Cansados desta vida eles resolvem pedir ajuda ao tio rico, o Patinhas, mas este revela estar perdendo bastante dinheiro com os bandidos. Resolvem fazer uma grande revolução popular usando Donald como herói nacional. A partir daí Donald e sua besta fazem muito estrago, e entre maças partidas e queijos suíços, ele consegue convencer o povo, não da forma convencional, a fazer a revolução. A história é divertida, e em alguns momentos até lembra os clássicos desenhos Disney, os contos de fadas etc. O traço de Scarpa, que já apareceu algumas vezes na coleção, é bom, e o roteiro se desenvolve naturalmente, sem diálogos desnecessários ou outro tipo de “abobrinha“, que atrapalhe a leitura.
A segunda história faz as vezes, já obrigatória, da história “completa espaço” do volume. Não me refiro, claro, à qualidade da história, mas ao tamanho que apresenta. A história é muito boa, na verdade. Mickey e Pateta passeiam pelos Alpes suíços, e por causa do ar rarefeito Mickey desmaia e acaba acordando no tempo de Tell, ajudando o rapaz a salvar o filho. Os desenhos são bem mais realistas que o normal, justamente por apresentar personagens mais caracterizados com a época, como Guilherme Tell e seu filho, os guardas e o Governante.
A terceira história é baseada em uma obra que eu não conhecia: Os noivos. Tio Patinhas é um nobre que governa uma região. Rico e avarento como sempre, sua maior preocupação é manter distância de Brigite de Monza, uma mulher que tem como objetivo se casar com ele. Para evitar Brigite, Patinhas contrata Renzo Donaldino, um bardo, para que ele cante para Brigite e a entretenha, para que ela se apaixone por Donaldino e o esqueça. Some-se a isso uma Margarida ciumenta, um Patocôncio invejoso e cobradores de impostos, e teremos uma história bem legal, apesar de não poder dizer que seja ou não fiel ao original. Os desenhos no geral são bons, mas em alguns quadros temos a impressão que o artista ficou com preguiça de usar a borracha, mas nada que estrague ou decepcione. É uma boa história.